Carnaval está acabando e se pudéssemos enumerar seus
problemas, de longe, sem dúvidas, incontestavelmente, aquele que mais assolou e
preocupou o povo foi a BEBIDA.
Em segundo lugar viria a violência, mas não há o que
discutir. Ela se tornou algo comum, recorrente, cultural. Não há o que fazer
então não há o que reclamar (a não ser das filas grandes na hora da revista! Ou
talvez da truculência da polícia mal paga que com uma peneira tenta tapar esse
sol de agressividade a sombra da música do carnaval que manda pegar a
metralhadora e fazer tra tra tra tra tra. Brincadeira, é só uma música. “Tem
que saber diferenciar”, “é só uma diversão”, “sempre cantamos e isso não mudou
nada”...Mas ai se alguém preferir um cabelo de chapinha.
Imagine que você teve uma sacada genial, um vídeo muito bom,
ou expôs uma foto sensacional, mas o comentário de alguém ganha mais likes que
seu próprio post? É assim que a Schin se sente mes ami.
Toda essa "truculência ditatorial cervejal". Serve
para incentivar os patrocinadores a continuarem com a manutenção deste modelo
frutífero que permite festas abertas em Salvador durante todo o ano, sem que a
prefeitura pague por isso.
Alguns perguntam: Onde está a democratização do carnaval? Talvez
ela esteja no investimento da patrocinadora que financiou os gastos que uma
festa dessas exige. Ela arcou com a infraestrutura, segurança e (junto com o
governo do estado) DEZENAS DE BLOCOS SEM CORDAS na rua (algo sem precedentes na
minha memória recente) que por sinal SEMPRE FOI O PEDIDO das MESMAS PESSOAS que
agora reclamam da cerveja. Mas eu entendo que elogiar isso não da likes? É
difícil compartilhar palmas no Facebook.
O inimigo do bom é o melhor. Antes reclamávamos de João Henrique
e suas contas no vermelho. Agora, para nosso descontentamento a prefeitura
quitou suas contas e somos fadados a comentar sobre o desmatamento de árvores centenárias
doentes, ou da reforma da nossa ex- pitoresca orla marítima atrapalhar nosso
transito caótico, que também mostrou melhoras.
As pessoas que criticam fazem parecer que a cerveja que eles
bebem é indispensável para o carnaval? Mas você não pode se divertir sem
álcool?
Francamente quem se importa com O QUE bebemos no carnaval? Nossa
cerveja não é boa. Se você fosse um apreciador jamais tomaria qualquer uma das quatro
principais no mercado. Tudo que a prefeitura fez foi reduzir suas opções de
refrescos alcoólicos de milho para uma. Isso não está estragando seu carnaval
por que sabemos que na folia você bebe pra ficar: feliz, alegre, animado, despreocupado,
solto, corajoso... E já que este é o fim, não se preocupe com a cerveja, por
que até príncipe maluco serve.
E por favor, não pegue ar com esse texto. Continue
divulgando aquela parodia que está rolando no “feice”, ou reclame, denuncie.
Afinal foi esse tipo de dialética que trouxe um carnaval sem cordas como vimos
este ano.
Por fim, se até agora você não se convenceu dos benefícios desse “Autoritarismo de Schíneto”. Olha o favor que a Brasil Kirin nos fez:
Por fim, se até agora você não se convenceu dos benefícios desse “Autoritarismo de Schíneto”. Olha o favor que a Brasil Kirin nos fez:
- Cerveja ruim = menos consumo de cerveja
- menos consumo de cerveja = menos mijo
- menos mijo = menos fedor...
- menos gente falando besteiras no seus ouvido
- menos corajosos
- menos brigas
- menos truculência da policia que vai passar a se dedicar aos ladrões e não aos brigões.
Ou seja querida prefeitura, próximo ano favor fechar com a Antártica.